Por volta de 2.600 a.c, uma pequena colônia de imigrantes, provavelmente da Anatólia, chegou a ilha de Creta e trouxeram consigo a deusa mãe, neste período o restante das civilizações estavam gradativamente substituindo a deusa por deuses guerreiros, pois o mundo estava se transformando e dando espaço para as guerras e conquistas, causando o declinio das mulheres.
Mas como era de se esperar Creta, onde permanecia o culto a deusa, a economia prosperava e não haviam guerras e conquistas por território, ao contrário dos povos de dominação masculina.
Assim no palácio de Knossos prevaliecia a imagem da deusa, que estava no centro das procissões. E por toda a parte, encontram-se figuras femininas, muitas delas com os braços erguidos em sinal de benção, algumas com serpentes ou machados de duas lâminas na mão, simbolizando a deusa.
Deméter ou Demetra
Acredita-se que o culto à Deméter tenha sido trazido à Grécia vindo de Creta durante o período micênico, carregando consigo o seu nome.. Sendo assim, ela é descendente direta da Deusa-Mãe cretense, que com suas virgens e sacerdotisas, empunhavam serpentes e prestavam culto ao touro. Neste caso, podemos afirmar que Deméter representaria a sobrevivência da religião e dos valores matriarcais durante a cultura patriarcal guerreira dos gregos clássicos.
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